quinta-feira, 29 de julho de 2010

Salò o le Centoventi Giornate di Sodoma (1975)



Uma das obras mais perturbadoras da história do cinema, provoca até hoje a ira em muitos de seus espectadores. Baseado livremente em histórias de Marquês de Sade ("Círculo de Manias", "Círculo da Merda" e "Círculo do Sangue"), passa-se na Itália controlada pelos nazis, onde quatro libertários fascistas sequestram 16 jovens e os aprisionam em uma mansão com guardas. A partir daí, eles passam a ser usados como fonte de prazer, masoquismo e morte.

O fascismo é explorado em todas as vertentes possíveis. O espaço fechado da mansão, a lei escrita - e reescrita - a belo prazer pelos Senhores, o domínio absoluto sobre o "povo", a exigência total da conformidade dos comportamentos aos desejos dos dominadores, a censura, a denúncia e o colaboracionismo. Quanto à censura, não deixa de ser curioso - e por outro lado, algo óbvio - que a forma com que Pasolini fez revestir o filme tenha despertado tais ódios e perseguições, de pessoas que quiseram proibir exibições e até destruir negativos. Ainda hoje «Salò» está banido em alguns países.

Nada aconselhável a pessoas bastante influenciáveis. Dizem que Pasolini foi assassinado por causa deste filme, mas é uma obra de arte.

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Dans Ma Peau (2002)



Marina de Van, que já havia escrito argumentos juntamente com François Ozon (“Sous le sable” e “8 Femmes”, entre outros), supera todas as expectativas na sua longa-metragem de estreia.

Após um acidente que rasga violentamente a sua pele, uma mulher adquire uma crescente obsessão com o seu próprio corpo, filmada sem nenhuma sutileza na película. Carne e sangue são explorados com a maior calma no filme, em cenas longas e perturbadoras que formam uma apaixonante antítese da violência tradicional.

Um filme bastante perturbante, que é um dos melhores exemplos deste cinema extremista Francês. Também muito difícil de ser encontrado por aí.

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Bad Lieutenant (1992)



Ele é o tipo de polícia que rouba drogas de um cadáver, o tipo de pai que alimenta a sua dependência das drogas em vez da família...

O seu crachá não significa nada para ele, a não ser o direito que lhe dá de se comportar como os criminosos que deveria perseguir. A raiva feroz que existe por detrás da sua personalidade é ainda alimentada pela sua dependência da heroína, do crack e do álcool. Mas quando uma jovem freira é violada no altar de uma igreja do bairro, este polícia sem lei (Harvey Keitel) é atraído pelo seu caso e por uma derradeira e desesperada tentativa de encontrar os verdadeiros caminhos do poder da misericórdia.

É um cinema de extremos, onde as portas para o céu e para o inferno ficam frente a frente no corredor do purgatório. E o que parece impressionante num momento, como a cena de abertura, quando, depois de deixar seus filhos na porta da escola, com o carro ainda parado em fila dupla, o Tenente viciado e desamparado puxa um papelote de coca pra cheirar, acaba se tornando uma imagem corriqueira depois de outra, e mais outra, e mais outra tão ou mais intensas vêm pra enterrar os conceitos de limites que construímos para o próprio filme.

Ao mesmo passo que Abel Ferrara fotografa uma verdadeira descida ao inferno, onde o mal é combatido com o mal e o bem fica muito mais como uma grande ilusão intelectual, Ferrara transforma este Bad Lieutenant num filme de dupla personalidade – mas sem distingui-las jamais. E tudo não passa de um reflexo da própria condição do protagonista, que em sua doença esconde todo o penar que lhe castiga, mas que permanece sufocando e matando por dentro – e é uma tremenda maldade que a exteriorização disso tudo seja feita justamente quando consegue liberar seus demónios, tanto na cena da igreja, onde imagina Jesus Cristo e implora-lhe perdão, quanto na própria acção de libertar das consequências aqueles jovens criminosos que estupram a freira – num misto de boa e má acção, o que não poderia ser mais fiel à dualidade de sentimentos que fazem dele um dos anti-heróis mais complexos do cinema.

E essa grande ilusão entre o castigo e a redenção – que em muitos momentos é tratada como tal, principalmente na construção de toda a atmosfera onírica evocada por um ou outro elemento de cena, quase sempre a iluminação – é registada com uma frieza assustadora, como se o próprio personagem impusesse à câmara os limites para a dissecação de sua dor e de seu mergulho predestinado ao afogamento.

E ainda assim o filme consegue ser de uma intensidade dominadora, e talvez seja por isso que o final, totalmente traiçoeiro, deixe uma sensação tão desconfortável, ainda que seja sabido que a própria acção nada mais é do que uma concretização daquilo que o homem havia tentado fazer consigo o filme todo, só que não conseguia por a acção vir de dentro, de um ponto que já não acompanhava mais aquela caminhada desorientada e, portanto, não respondia.

Enfim... um filme a não perder.

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

The Losers (2010)



Ano: 2010
País: EUA
Género: Acção, Aventura, Thriller

Realização
Sylvain White

Intérpretes

Jeffrey Dean Morgan, Zoe Saldana, Chris Evans, Jason Patric


Agentes especiais da CIA após serem traídos por colegas, pretendem juntar suas forças para se vingar daqueles que queriam vê-los mortos. O filme é uma adaptação da BD escrita por Andy Diggle.





Site Oficial

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Delicatessen (1991)



Delicatessen é um filme francês, lançado em 1991, dirigido por Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro

Trata-se de uma comédia de humor negro a qual retrata um futuro onde a comida é tão escassa que acaba sendo usada como moeda de troca. O enredo do filme concentra-se em um prédio em que o proprietário assassina seus inquilinos para que possa vender sua carne e garantir sua sobrevivência.

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